Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV): tudo o que precisas de saber!

11 August 2025 -

Sabias que o vírus da imunodeficiência felina (FIV) é uma das infeções virais mais comuns nos gatos, juntamente com o vírus da leucemia felina (FeLV)?

Hoje vamos explicar como se transmite este vírus, quais são as fases da doença e como se pode detetar. Vamos a isso!

Como se transmite o FIV?

O FIV transmite-se de um gato para outro através da saliva, principalmente por mordidelas – algo comum em lutas entre gatos, especialmente machos não castrados com acesso ao exterior. Gatos que vivem na rua ou que têm acesso ao exterior correm maior risco de infeção.

É importante sublinhar que este vírus é específico da espécie felina. Ou seja, não se transmite a humanos nem a outros animais de espécies diferentes.

Quanto à transmissão de mãe para crias (transmissão vertical), embora teoricamente possível, é pouco frequente.

Fases da infeção por FIV e evolução da doença

Fase aguda

Ocorre nas primeiras semanas ou meses após a infeção. O vírus espalha-se pelo organismo, mas os sinais clínicos podem ser pouco evidentes ou passar despercebidos.

Fase assintomática

O vírus continua presente no organismo, mas com uma carga viral baixa. Nesta fase, o gato pode não apresentar sinais clínicos durante anos – ou até durante toda a vida. A duração desta fase depende do sistema imunitário do gato, da presença de outras infeções secundárias e do subtipo do vírus.

Infeções secundárias e fase terminal

À medida que o sistema imunitário se deteriora, o gato torna-se mais vulnerável a infeções oportunistas. Alguns gatos atingem uma fase avançada conhecida como síndrome de imunodeficiência adquirida felina (o “SIDA felino”), muitas vezes acompanhada de linfadenopatias (aumento dos gânglios linfáticos) e outras complicações graves.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico baseia-se em testes de deteção de anticorpos específicos contra o FIV, realizados em soro, plasma ou sangue total com anticoagulante.

Recomenda-se testar todos os novos gatos antes de os integrar num lar onde já existam outros felinos, especialmente se forem adotados da rua ou de abrigos.

Atualmente, não existe vacina disponível contra o FIV na Europa, por isso a prevenção é fundamental. Um diagnóstico precoce e a redução do risco de exposição são as melhores estratégias de proteção.

Como evitar que o meu gato se infete com FIV? Conselhos úteis que podes dar os tutores:

  • Evitar que o gato saia à rua sem supervisão, especialmente se viver numa zona com outros gatos não esterilizados
  • Antes de adotar ou acolher um novo gato, fazer um teste ao FIV – isto é essencial se for um animal recolhido diretamente da rua
  • Utilizar comedouros e bebedouros separados para cada gato. A carga viral presente na saliva dos gatos infetados pode ser elevada